quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Olhe por onde anda...

(...)Ela passou por ele com um olhar convincente e desatinador,
o olhou da cabeça aos pés com ar de interesse, o fez dar de cara com as pessoas que vinham na direção oposta a que ele ia. Mas ele não se importou , seus olhos só seguiam o balançar daquela silhueta, detalhadamente esculpida com a mais pura perfeição.
Desatinado e sem rumo ele a seguiu sem saber onde ia parar, não importava onde ele estaria desde que seus olhos fossem contemplados com a beleza sem igual de tal mulher.
No caminho, ficaram pra trás, todos os dias de angústia, todos as tristes canções as quedas e recomeços, nada mais era lembrado, não por ele , não naquele momento.
Enquanto a seguia, pisou em falso e no piscar de seus olhos, no jogar de cabelo daquela mulher ele se deparou ao chão, machucado e com dor, e aos poucos ela se afastou. Para todo e qualquer lado que ele olhava, ninguém pareçia ve-lo, não havia ninguém para ajuda-lo a se reerguer.
Nem mesmo ela, que fora o motivo de sua queda se prestou a ajuda-lo.
E ele ficou ali rastejando para longe, vendo ela se afastar.
Foi uma pedra no caminho. Um passo mal dado, um tropeço apenas, que o fez perder quem sabe o amor da sua vida.

Eu tropeçei na mágica do teu encanto. (...)

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Amor marginal.

Correndo os corações dos arredores do meu mundodo teu mundo, da finda humanidade em que nos encontramos.
Portal para a angústia, incerteza, dúvida e dor
Um espinho sem flor, um céu sem paz
Um viver sem vida
Um esclarecimento da confusão
A sentença de um réu sem defesa
O castigo dos errantes
O tapete sujo batido por cima do chão limpo
A perpetuidade do desgraçado e condenado sem por que e sem pra que, a viver toda a vida batendo de frente, com esse sorrateiro e enfureçido,
amor marginal.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Sobre a luz dos meus dias.

Ao nascer de um novo dia
Há uma luz que te guia
Que te apresenta a euforia
De temer que se apague
E a finda escuridão
Cegue teu coração
Da mesma forma outra vez

Tudo que outrora te emudeçia
Hoje te faz berrar sem pudor
Que é infindável a sensação
De estar diante
Do infinito torpor
Causado pelo luzido
De um par de olhos

Veja só
O sol ja se está a cair
E eu ainda aqui
Tentando calar a dolência
Que me toma
Quando vejo o dia nascer
Sem tu por perto

Quisera eu viver sem luz
Pudera eu viver sem ti
Não quero
Não posso
Não vou
Nem um segundo mais

Sempre será assim.

Sofrer é aceitar a dolência desnecessária,
e tomar cada gota, das lágrimas que caiem do próprio coração.
Sem esqueçer da ferida que fica, quando tudo passa.
Agora eu vejo um homem de joelhos a frente da vida,
mplorando por um momento a mais de felicidade,
uma volta a mais do ponteiro do relógio.
É em vão a súplica, a vida empurra sua face
e faz ele cair em lágrimas.
Talvez não seja essa sua vez, talvez falte ainda
mais um segundo no relógio para que ele encontre a felicidade.
Ele é só um pobre homem, que com os joelhos feridos
e o coração cerrado, hoje segue a vida como o destino quiser.
Já chorou, hoje não chora mais, pois ouviu que,
''Homem não chora nem por dor nem por amor''.

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