- Fotos velhas em cima do criado mudo, roupas pelo chão, meu guarda roupa
rabiscado quando na falta de papel, e ao fundo uma agressiva canção que fala de amor.
As lembranças vem a mente, quando a mesma se desocupa. A ingrata saudade toma a frente quando os olhos passam e repassam cada canto do ambiente, e não encontra o objeto decorativo principal.
O desejo imessivel, da tua pele irresistivel, se fortaleçe quando decido levantar meu corpo cansado da cama desarrumada abrir a porta do quarto para sala, e ver que ali esta minha tv ligada a dias no canal que tu deixou, no volume que tu deixou, e o sofá que tu deitou ali, vazio.
O nó no cérebro se faz mais forte, quando abro a janela e sinto o vento norte trazendo a chuva, nem preocupo-me em trancar tais janelas, deixa que a água entre, que lave todo esse lar e escoe pelo chão levando todas as memórias e o que restar de ti.
A chuva veio, molhou toda a casa, televisão, sofá, até o som que reproduzia a canção,
não há quase mais nada de valor aproveitavel nesse lar.
Conclusão de tudo, é que por mais torrencial que seja a chuva, sentimentos quando verdadeiros são inabalaveis.
- Não confunda o que faço com o que sou. Não confunda o que escrevo com o que digo. Não confunda o que digo com o que faço. Os erros podem ser irreparáveis. E os acertos também. Espero que essas palavras certas não soem como erradas.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
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